Escrito por Marcos Coimbra*
Nosso amado Brasil está sofrendo infelizmente as graves
consequências ocasionadas pelas pífias administrações que assolam o país
há 20 anos. De fato, são duas faces da mesma moeda, o PSDB e o PT.
Porém, a situação foi agravada acentuadamente nos últimos quatro anos.
A imagem vendida por Lula de que Dilma seria uma eficiente gerente não corresponde à realidade.
Principia pela ausência de um Projeto Nacional de Desenvolvimento.
Para a reeleição, até agora também nada, a menos de duas semanas do
pleito. Comenta-se que existem duas razões principais para isto: de
fato, não há projeto e aquilo que existe não pode ser apresentado,
devido ao conflito existente entre o pensamento da presidente e o do PT.
Outros asseveram que a coordenação da campanha petista não quer deixar o
flanco aberto para críticas. Desejam um cheque em branco do eleitorado
para fazerem aquilo que quiserem após as eleições.
Continua pela péssima gestão demonstrada em sua administração. Órgãos
antes respeitados internacionalmente, motivo de orgulho para os
brasileiros, começam a cometer erros gritantes, causando danos severos
às respectivas imagens. Recentemente, exemplos flagrantes são:
1) a sucessão de escândalos envolvendo a maior de nossas empresas,
símbolo da competência brasileira, a qual está dentro do coração de
todos os patriotas ainda existentes no país, a nossa maltratada
Petrobras, em função principalmente do loteamento político-partidário de
seus principais cargos, entregues a políticos ávidos por recursos e
poder, incompetentes e inescrupulosos, a saquear nosso patrimônio;
2) o equívoco cometido pelo Instituto de Pesquisa Econômica e
Aplicada (IPEA), subordinado à Secretaria de Assuntos Estratégicos, da
Presidência da República, em pesquisa realizada em março do corrente
ano, sobre tolerância com estupro ao dizer que 65% dos entrevistados
concordam que mulheres com roupas que mostram o corpo merecem ser
atacadas, quando o correto é 26%, segundo declaração retificadora feita
em abril;
3) o grave erro cometido pelo respeitado Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), pela primeira vez em sua principal
pesquisa, ou seja, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad
2013) que mostra o retrato socioeconômico do país, com dados do mercado
de trabalho, educação e acesso a bens do pais, quando expandiu o peso de
regiões metropolitanas em sete estados do Brasil, ocasionando vários
erros, corrigidos rapidamente, em função do alerta de usuários do órgão.
O principal deles foi no relativo ao Índice de Gini, o qual estava em
2012 em 0,496, foi para 0,498 no dado anunciado preliminarmente, caindo
para 0,495, após a correção anunciada (quanto mais próximo de zero, mais
igualdade na repartição de renda).
A diretora-executiva do sindicato de funcionários do IBGE, o
ASSIBGE-SN, Ana Magni, afirmou na semana passada que o erro na Pnad é
resultado das más condições de trabalho no instituto, com poucos
recursos materiais e humanos para um excesso de trabalho e prazos
apertados. “É um alerta que vínhamos fazendo: muito pouca gente, para
muito trabalho e pressão de prazos. É um erro básico, que pode ocorrer
com qualquer um que tenha que trabalhar com essa pressão” asseverou ela.
Na sua avaliação, a situação hoje é ainda pior do que durante a greve,
entre os dias 26 de maio e 12 de agosto, já que o Ministério do
Planejamento anunciou novos cortes no orçamento do IBGE (do total pedido
de R$766 milhões para o orçamento de 2015, foram amputados R$ 562
milhões). Além disto, de acordo com o Sindicato, existem mais de 3.700
funcionários do IBGE com mais de 26 anos de tempo de serviço, perto de
se aposentar.
É oportuno salientar que a taxa média do desemprego das seis
principais regiões metropolitanas no país não foi divulgada nos meses de
maio, junho e julho, por causa da greve, bem como o IBGE já havia
sofrido uma crise institucional este ano, quando a administração federal
decidiu interromper a divulgação dos dados da Pnad Contínua, que
acompanha o mercado de trabalho, voltando atrás devido à reação do corpo
técnico do órgão. Outras pesquisas previstas já serão atingidas, como a
Contagem da População e o Censo Agropecuário, que deveriam ter o
planejamento iniciado em 2015, mas foram suspensas em setembro.
E estes exemplos repetem-se em muitos outros setores. De fato, o
Brasil real é muito diferente do Brasil virtual apresentado na
propaganda eleitoral petista. Nunca antes na história deste país houve
tamanha manipulação de dados e fatos, uso escancarado da máquina pública
para reeleger a quem está causando tantos malefícios ao povo
brasileiro, abusivo emprego de vultosos recursos de origem desconhecida.
É urgente providenciar a alternância no poder, propiciando oportunidade
a quem possa empreender uma alteração radical nos descaminhos
identificados ao longo destes últimos anos. Chega de corrupção!
À luta, brasileiros, enquanto ainda é possível realizar ações
concretas para eliminar a incompetência e os “malfeitos” existentes.
Ainda existe esperança, apesar da vulnerabilidade da apuração eletrônica
com urnas de primeira geração, só utilizadas pelo Brasil.*Marcos Coimbra é Economista e Professor, Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa e Autor do livro Brasil Soberano.
Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br
Página: http://www.brasilsoberano.com.br/ (Artigo de 24.09.14-MM).
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