Uma amizade criminosa da globalista Marina Silva

Como se não bastasse sua história no PT, o endosso à “teologia” comunista “da libertação”, seu envolvimento com os globalistas do Diálogo Interamericano e o recente ingresso em outro partido aliado ao Foro de São Paulo, o PSB, Marina ainda tem mais uma amizade suspeita: a do bilionário suíço Stephan Schmidheiny.

Milena Popovic
A súbita entrada de Marina Silva (PSB) na corrida presidencial causou, inicialmente, grande reviravolta nas pesquisas eleitorais. O candidato original do PSB, Eduardo Campos, estava em terceiro lugar nas pesquisas. A morte de Campos em um desastre aéreo, no dia 13 de agosto deste ano, levou Marina Silva a assumir a candidatura à Presidência da República, e o PSB ao segundo lugar nas pesquisas. Marina Silva representa, na visão de uma parcela de eleitores decepcionados com o governo do PT, e na sua própria visão, uma “nova política”. O que poucos sabem é que a “renovação” pode significar, na verdade, mais do mesmo. Ou mais do pior.

Sabe-se que Marina Silva construiu sua vida pública em torno da luta ambiental, da história triste de vida, e do sindicalismo. Ela diz defender conceitos bonitos, como “sustentabilidade” (nome dado a seu partido, aquele que, por não conseguir as assinaturas para o registro, não garantiu sua candidatura à Presidência) ou “baixo impacto ambiental”. Sua história triste, em estilo Oliver Twist, aliada à militância exercida ao lado de nomes como Chico Mendes, tornaram-na famosa, e Marina Silva frequentemente tem sido vedete em encontros da Avina, uma fundação constituída por multinacionais como Monsanto e BASF, entre outras, para o “desenvolvimento sustentável”.
É aí que as amizades criminosas do título entram na história. A Fundação Avina tem por presidente honorário o bilionário suíço Stephan Schmidheiny.
Segundo o jornal Charlie Hebdo, “(...) à sombra de Marina Silva enfileiram-se forças muito estranhas, como o bilionário suíço Stephan Schmidheiny, que fez sua grande fortuna graças ao grupo Éternit, propriedade de sua família. Éternit significa amianto, e a morte. Em 2013, depois de um processo histórico de vários anos, Schmidheiny foi definitivamente condenado a 18 anos de prisão pelo tribunal de Turim. O anjo bom foi julgado culpado pela morte de 3000 proletários italianos expostos ao amianto nas fábricas do vovô, papai e filhinho”.
Ainda sobre Schmidheiny, o jornal diz que “uma pessoa qualquer estaria na cadeia, mas Schmidheiny nem mesmo é procurado. Ele refez sua vida na América Latina, onde criou Avina, uma fundação “filantrópica” que “ajuda” os movimentos sociais e ecologistas em todo o subcontinente”. Ou seja, ao ser condenado, ele fugiu para o paraíso dos terroristas e criminosos internacionais, chamado “América Latina”, criando uma fundação cujo objetivo seria “lavar, ou melhor, para esverdear – isso tem o nome de greenwashing – a imagem de grandes poluidores com propaganda”.
Schmidheiny teve papel central, junto à ONU, na organização várias cúpulas ambientais, entre elas a Rio-92, e Marina Silva esteve presente em várias reuniões da Avina, como em Durban, na África do Sul (14 de dezembro de 2011 e em junho de 2012) e, para piorar o quadro, ela foi figura-chave na reunião dessa fundação em Santiago do Chile, em maio de 2014, ou seja, no ano eleitoral, reunião que foi organizada integrando inúmeros países da América do Sul (*). Curiosamente, países cujos governos estão envolvidos com o Foro de São Paulo, como Peru, Equador, Bolívia, Argentina e Uruguai.
O semanário Charlie Hebdo termina o artigo levantando duas questões. Marina Silva não sabe quem é Stephan Schmidheiny? Caso não saiba, isso dá prova de perigosa ignorância em uma candidata à Presidência da República. Ou ela sabe, e acredita que ele mudou subitamente? Caso acredite na mudança súbita de comportamento de um criminoso condenado que optou por fugir da prisão, ela demonstra grande ingenuidade, igualmente perigosa em uma candidata à Presidência de um país de proporções como as do Brasil.

* - http://www.altermonde-sans-frontiere.com/spip.php?article26874


Milena Popovic é engenheira, tradutora e colaboradora da Rádio Vox.

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