Por Luiz Osório Marinho Silva
Sou coronel reformado do Exército Brasileiro.
Falarei apenas em meu nome, como soldado e cidadão, porque não posso fazê-lo, por não ter atribuição nem competência funcional, em nome da Instituição.
Mas sei, com absoluta certeza, que os meus ideais e
crenças, consolidados ao longo de quase quarenta anos de serviços
prestados ao meu país, são também os mesmos que norteiam 99% dos
militares do serviço ativo, da reserva e reformados. Há, com certeza,
exceções que não ultrapassam 1%, ocasionadas por outras convicções e
interesses pessoais.
Pela facilidade da internet, mantenho correspondência com antigos chefes que me serviram de exemplo, com companheiros de minha turma de formação e outras mais antigas e mais modernas, com subordinados que muito me ajudaram ao longo da carreira, com meus ex-alunos do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Recife e do Colégio Militar do Recife e com amigos civis, espalhados por todo o território brasileiro.
Pela facilidade da internet, mantenho correspondência com antigos chefes que me serviram de exemplo, com companheiros de minha turma de formação e outras mais antigas e mais modernas, com subordinados que muito me ajudaram ao longo da carreira, com meus ex-alunos do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Recife e do Colégio Militar do Recife e com amigos civis, espalhados por todo o território brasileiro.
Há um ambiente de profunda indignação e até mesmo de revolta por tudo
de ruim que o Partido dos Trabalhadores (PT) está fazendo ao Brasil.
A corrupção foi institucionalizada em quase todos os setores do
governo federal. Ministérios, empresas públicas, sociedades de economia
mista, autarquias e fundações foram aparelhados pelo PT para alimentar,
com mensalões e contas secretas, a base de sustentação dos donos do
poder.
Há a constante pregação, inclusive para as nossas crianças, de uma
divisão de classes: dos ricos contra os pobres, dos brancos contra os
negros, do Sul contra o Norte.
Há a disseminação permanente do ódio, de repetidas mentiras e ofensas
contra opositores, de falsos dossiês, da perseguição política, da
desconstrução de pessoas, da inversão da verdadeira História do Brasil.
Há o apoio explícito, político e material, inclusive com o repasse de
vultosos recursos financeiros, aos países governados de forma
ditatorial, como Cuba, Venezuela e Bolívia, para citar apenas alguns da
América Latina.
Há o discurso favorável a grupos terroristas da mais alta
periculosidade, tornando o nosso país, nas palavras de um alto
funcionário do governo de Israel, um anão diplomático, fato que não
podemos negar, pois a nossa atual política externa não representa o
pensamento de milhões de brasileiros esclarecidos.
Há o aliciamento de outros Poderes da República, como o Legislativo,
cuja base de apoio é alimentada pela distribuição de cargos nos trinta e
nove ministérios e pelas polpudas mesadas oriundas da corrupção jamais
vista na República; e o Próprio Judiciário, inclusive a nossa maior
Corte de Justiça, com indicações de ministros que funcionam como
delegados do partido político dominante.
Há a disseminação, particularmente nas ricas campanhas eleitorais
abastecidas com dinheiro sujo, do medo entre as pessoas mais carentes,
que recebem esmolas eleitoreiras que nunca as tirarão da miséria, pois
ao contrário do que alardeia o governo, cada vez mais aumenta o número
de beneficiados, que já atinge 55 milhões de pessoas ou mais de 25% de
nossa população.
Há a total falta de segurança pública, com o absurdo número de mais
de 56.000 assassinatos, a cada ano, muito maior do que os de alguns
países que estão em guerra civil.
Há o vergonhoso número de mais de 40 mil mortes, por ano, em
acidentes de trânsito, muitos ocasionados pelas péssimas condições de
nossas estradas, na maioria sem acostamento, sem sinalização e com o
pavimento em lamentável estado de conservação.
Há o caos na saúde pública, com pessoas morrendo nos corredores de
hospitais superlotados e desaparelhados, e a transferência de
responsabilidade para os nossos médicos que, na verdade, pelo
profissionalismo e dedicação, apesar das precárias condições materiais,
fazem verdadeiros milagres para cumprir o sagrado juramento de salvar
vidas.
Há o desalento no sistema educacional, com escolas públicas sem
condições de funcionamento e professores desmotivados e mal remunerados,
situação que coloca o nosso país na retaguarda do ensino mundial e
dificulta a formação de mão de obra qualificada.
Há o elevado custo Brasil, o sucateamento da infraestrutura, o
desmantelamento da indústria, a queda da competitividade comercial e os
malefícios à agropecuária, inclusive com o incentivo à invasão de
propriedades privadas por movimentos ditos sociais, alimentados com
verbas públicas.
Há a falsa propaganda de programas governamentais, como o “Mais
Médicos”, com a importação de mais de 14 mil escravos cubanos, muitos
deles agentes de Fidel Castro que, pela formação deficiente, poderiam
desempenhar no Brasil apenas a função de técnicos em saúde pública. Tal
programa buscou, na verdade, beneficiar a combalida ditadura cubana, que
fica com mais de 70% dos salários de seus escravos.
Há uma herança maldita para o próximo governo, como o baixo
crescimento, a alta da inflação, o déficit nas contas públicas, as obras
inacabadas e superfaturadas, o represamento de tarifas como as de
combustíveis e de energia elétrica, o desmonte do etanol, o rombo em
contas como a do FGTS, com o governo devendo, apenas nesse exemplo, mais
de 10 bilhões de reais, retirados dos trabalhadores para alimentar os
subsídios do “Programa Minha Casa, Minha Vida”. E muitas dessas moradias
são mal construídas e edificadas com materiais de segunda linha, com
pouca ou nenhuma fiscalização por parte do poder público.
Há seguidos escândalos de alta corrupção, envolvendo pessoas de
confiança dos mandatários, amigos, compadres e assessores de longa data
e, até mesmo, amantes alimentadas com o dinheiro do povo brasileiro.
Há o revanchismo permanente contra as Forças Armadas, por intermédio
de baixos orçamentos, programas de reaparelhamento insuficientes e
soldos defasados. E, particularmente, por mentiras ditas, quase
diariamente e com ampla divulgação na mídia, por componentes da chamada
“Comissão Nacional da Verdade”, que querem impor a História recente do
nosso país apenas pela versão dos terroristas do passado, que cometeram
crimes como assaltos, sequestros, explosões de bombas, assassinatos e
até mesmo o justiçamento de próprios companheiros, com o único objetivo
de assaltar o poder, para roubar os cofres públicos e implantar a
ditadura comunista, como estão fazendo agora, após a mudança dos métodos
e a aplicação da cartilha gramscista. A própria presidente da República
e candidata à reeleição, Sra. Dilma Rousseff, que pertenceu a três dos
mais atuantes grupos terroristas, utilizando os codinomes de Estela,
Wanda, Luiza e Patrícia, já declarou, em diversas ocasiões, que se
orgulha do seu obscuro passado. Com certeza, José Dirceu e José Genoino,
petistas condenados e presos por corrupção, também se orgulham.
Há o objetivo claro de propagar em nosso continente o ideário
comunista, seguindo os ditames do Foro de São Paulo, organização criada
em 1990 por Fidel Castro e Lula da Silva. Não somos nós que estamos
dizendo isso. Quem faz declarações nesse sentido, de maneira pública e
descarada, é o próprio ex-presidente Lula, e a sua sucessora Dilma
Rousseff.
Os militares, por formação e convicção, abominam a mentira e a
transferência de responsabilidade. A mentira é a mais grave transgressão
dos regulamentos disciplinares e dos códigos de conduta da carreira
militar. E há, na vida castrense, um dito que faz parte do nosso
cotidiano: o comandante é o responsável por tudo que aconteça ou deixe
de acontecer sob o seu Comando.
Assim, não podemos mais tolerar o fato de termos como Comandantes
Supremos das Forças Armadas pessoas que não honram esse código de
conduta ética, tão necessário a todos os brasileiros que desejam viver
em um país mais sério, mais justo e verdadeiramente democrático.
Por tudo isso e por saber o perigo que o Partido dos Trabalhadores
representa para o nosso país, é que combatemos, há bastante tempo, essa
vil tentativa de implantar no Brasil o comunismo, agora travestido de
socialismo bolivariano.
Eles não conseguirão tal intento, pois as nossas Forças Armadas estão
silentes, mas não entorpecidas e nem encantadas com falsas lideranças.
Mas, não desejamos que o afastamento dessas pessoas do poder ocorra
com uma nova quebra institucional e nem com o derramamento de sangue em
uma dura guerra fratricida.
Lutamos, sempre, em todos os momentos históricos, pela manutenção da
democracia e da liberdade de nossa gente. Lutamos, sempre, pelo culto
aos valores e às crenças que recebemos dos nossos antepassados. Lutamos,
sempre, pelos ensinamentos cristãos, que herdamos na nossa formação
como Nação livre e soberana.
Por isso, desejamos que a preservação de nossa liberdade ocorra pelo
resultado das urnas, com o voto livre e altaneiro de nossa gente, para a
necessária alternância do poder, um dos pilares do sistema democrático.
Que o povo brasileiro, enquanto há tempo, não se omita neste
importante quadro da vida nacional. Depois, talvez, seja tarde demais.
Recife, 20 de outubro de 2014.
Luiz Osório Marinho Silva - Coronel reformado do Exército
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