Academia Brasileira de Letras: a imprestável casa dos vivos mortos


Salão nobre da ABL

       Mais cedo escrevi sobre minhas desconfianças quanto à inteligência dos membros da ABL, era uma mera suspeita, um sentimento oriúndo das poucas e vagas notícias que se tem dos bastidores da Academia, uma coisinha aqui outra ali, que dava conta do que é mais importante por lá: o dinheiro, o prestígio e a mediocridade. Agora volto, decepcionado, para dizer que minhas suspeitas se confirmaram.
       Antônio Torres não foi eleito. Lamentável. É a prova de que a ABL já não é mais a mesma. Esta, como eu suspeitava, se transformando numa instituição falida de sentido e parece agora, que ela não suporta ficar longe da mídia, pois não perdeu tempo para colocar em sua poltrona, um dos queridinhos da Globo, pois lhe falta hoje o Roberto Marinho.
       Tem que mudar o nome, tem que ser: "Academia Brasileira dos Bajuladores da Mídia" ou "Academia Brasileira dos Poxadores de Saco dos Poderosos". Esta senhora decrépta, como diria o jornalista e escritor fluminense Fernando Jorge, é de fato vítima de sua própria nulidade.
       Quem é o eleito? É colunista do jornal "O Globo", comentarista da TV Globo News e da rádio CBN. Foi diretor de jornalismo de mídia impressa e rádio das Organizações Globo. Trabalhou na revista “Veja”, como chefe das sucursais de Brasília e Rio de Janeiro, como editor nacional em São Paulo e foi editor-executivo do “Jornal do Brasil”. É membro do conselho editorial das Organizações Globo e fez parte do primeiro conselho editorial do jornal “Valor Econômico”. Em 2009 ganhou o prêmio Maria Moors Cabot pela Columbia University, EUA. É autor do livro “Lulismo no poder” (Record). Uma literatura pobre, politiqueira, A biografia literária desse camarada não ousa se arrastar aos pés do seu concorrente nessa eleição.
        Por essas e outras razões que a ABL não tem mérito para representar nem o povo e nem a cultura do povo brasileiro, tampouco é dígna do respeito do zé-ninguém que aqui escreve. Trata-se de uma casa de conchavos e apadrinhamentos, uma elitizinha que luta para se manter na pose de uma fotografia antiga e decadente.

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