A capacidade de manifestação ideológica no Brasil chegou a um nível crítico há muitos anos. O político brasileiro, é aquele que fala o que o povo quer ouvir, mas faz o que lhe é conveniente. O ápice dessa desorientação medonha é o que acontece agora na Bahia, onde dois candidatos, pai e filho, disputam eleição em partidos diferentes, coligações diferentes, planos de governos diferentes, mas disputam juntos, fazem campanha juntos, dividem palanque e tudo mais. Uma prova evidente de que o que importa mesmo, não é aquilo que seria melhor para o povo e sim, o que será melhor para o bolso dos candidatos.
O caso acontece na família Simões, que inauguram uma nova forma de fazer política ainda não prevista na lei eleitoral, tamanho é o disparate. Geraldo, candidato à reeleição como deputado federal pelo PT, e seu filho Thiago, candidato a deputado estadual pelo PSL, estão fazendo campanha juntos pelo interior do estado. O problema é que PT e PSL estão em coligações diferentes este ano: enquanto o primeiro é o principal expoente da chapa "Pra Bahia mudar mais", do candidato Rui Costa (PT), o último faz parte da "Um novo caminho para a Bahia", que apoia Lídice da Mata (PSB). Porém, Geraldo e Thiago ignoram o posicionamento dos seus respectivos partidos e fazem campanha, dividem publicidades e fazem corpo a corpo juntos. O caso é inédito na Bahia.
O Tribunal Regional Eleitoral não soube responder aos questionamentos se a prática é permitida dentro das leis eleitorais, que, dentre outras restrições, proíbe que candidatos de coligações diferentes subam no mesmo palanque, por exemplo. De acordo com a assessoria do órgão, o caso precisa ser estudado porque não tem precedente na Bahia.
Fonte: Bahia Notícias
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